Dívidas Tecnológicas – Quais impactos elas podem causar no seu negócio

Fonte: Notícias – IT4CIO• 12/09/2023

Segundo a analista Akshara Naik Lopez, o endividamento técnico tem tido um alto grau de crescimento, causando uma desvantagem competitiva no mercado atual 

Desde o início da pandemia do Covid-19, observamos uma crescente complexidade na tomada de decisões nos negócios e na tecnologia. Esse impulsionamento, originou uma nova forma de dívida nas empresas, a dívida tecnológica. A analista da Forrester – empresa norte-americana de pesquisa de mercado – Akshara Naik Lopez, alerta sobre a importância de se construir uma abordagem capacitada para lidar com essa despesa emergente.   

Em uma realidade onde as estratégias de fornecimento afetam diretamente o índice de déficit tecnológico, entendemos que essas pontas vão além dos softwares e codificações, englobam também as decisões comerciais e de TI, tendo consequências operacionais de longo prazo. Tal como as dívidas financeiras, as tecnológicas também precisam ser administradas e pagas, evitando resultados prejudiciais. Desde a pandemia de 2020, houve um aumento considerável desse cenário, levando muitas empresas a atualizarem seus dispositivos, ao mesmo passo que acumulavam novas dívidas tecnológicas. 

Como evitar o crescimento desse déficit?   

Ainda que nem toda dívida tecnológica seja em seu todo ruim, a analista da Forrester afirma que essa despesa precisa ser abordada em algum momento, pois o seu descuido pode atrapalhar ainda mais possíveis inovações futuras.  

Akshara Naik Lopez recomenda o investimento em riscos ou esforços logo no início dessa dívida, visando o ganho considerável mais tarde. “As verdadeiras medidas de inovação exigem absolutamente que você assuma riscos – e assumir riscos implica que você terá que fazer a criação inicial do software, decisões de implementação ou estratégias de implantação ou testar o mercado com seu MVP (Minimum Viable Product), com o entendimento de que você está construindo patrimônio de longo prazo com fortes retornos futuros ou possível alta avaliação futura”, escreveu no blog da empresa.  

Ainda na visão dela, é crucial entendermos como as decisões atuais podem impactar operações futuras nas empresas. Lopez afirma que algumas saídas para as dívidas técnicas demandam de caminhos mais viáveis, abrangendo um gerenciamento eficaz da despesa, criação de um software empresarial inteligente e a tomada de decisões sobre aplicativos de TI no presente, tendo repercussão direta no cenário empresarial e operações de negócios futuros.   

No artigo, ela também destaca a relevância de estar olhando além das estratégias de softwares para soluções de longo prazo. Buscando evitar novas dívidas tecnológicas, as empresas devem buscar a modernização sem gerar despesas futuras, recomenda Akshara. Outro aspecto fundamental seria a avaliação das parcerias e veículos que as impulsionam, como as RPFs (Regional Prosperity Framework) e contratos. Muitas dessas instituições estão presas às formas antigas, não acompanhando as mudanças no software corporativo do mercado.  

“Isso representa um desafio, pois, infelizmente, a maioria está enraizada em formas tradicionais antigas que não amadureceram para acompanhar a dinâmica do mercado de software corporativo em rápida mudança. Eles também não abordam os impactos de longo prazo em seu sucesso de mercado como organização e em seus resultados de negócios”, relatou. 

Finalizando a sua análise, Akshara sugere que as organizações adotem abordagens alternativas para sourcing, RFPs e contratos como à melhor estratégia de gerenciamento para as suas dívidas tecnológicas. 

 https://www.it4cio.com/materias/view/codigomateria/8234

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