A governança corporativa é frequentemente subestimada no contexto do ESG (ambiental, social e governança). De acordo com uma pesquisa do ManpowerGroup divulgada pelo jornal Estadão, apenas 14% dos entrevistados no Brasil concentram suas atividades no pilar de governança corporativa, enquanto globalmente esse número é de 15%.
No Brasil, o aspecto mais valorizado pelas empresas é o social, com 42% dos entrevistados destacando sua importância. Em termos globais, esse número cai para 37%. O meio ambiente é o segundo pilar mais valorizado no Brasil, com 26% dos entrevistados enfatizando sua relevância, enquanto globalmente esse número sobe para 29%.
Os especialistas argumentam que a governança corporativa muitas vezes é negligenciada em favor dos pilares social e ambiental porque a sociedade tende a demandar mais ações nessas áreas, enquanto a governança está enraizada nas operações das empresas, mas não é tão visível para o público em geral.
A visibilidade das ações sociais e ambientais na mídia também incentiva as empresas a se concentrarem nesses aspectos, enquanto a governança muitas vezes é vista como menos atraente para o público e investidores.
Embora haja uma falta de compreensão pública sobre a importância da governança corporativa, especialistas argumentam que é essencial para a transparência, gestão de riscos e alinhamento com os valores da empresa. Eles enfatizam a necessidade de educar a população e os gestores das empresas sobre a importância da governança para garantir que ela não seja vista como uma mera burocracia.
Com esse contexto, quero deixar uma pergunta final: se há tecnologia que centraliza as ações de ESG, o que te impede de dar a devida importância para a governança?